Impessoal e Transferível

Hoje não vai ser como sempre foi.!


Uma noite para sentir sua falta
Uma noite para ficar confuso
Não preciso pensar muito
Pra saber que deixei tudo
Uma noite para perder minhas certezas
Uma noite para dar a volta ao mundo
E não voltar para o mesmo lugar
E não saber mais qual é meu lugar
Cheguei a uma parte obscura da minha mente
Tentando me entender
Me perdi no meio do caminho da minha vida
Ela é cheia de inconstantes
Não posso mais voltar
Nem sei o que vem adiante
Uma noite para pensar
Uma noite para descobrir a verdade
Que eu te amo
Uma noite para estar lá
E mais uma noite pra não estar
Uma noite para viajar
Uma noite pra te encontrar
Me encontrar
E perceber que esse é meu lugar
Ao teu lado
Uma noite para me afastar
Ir pra longe
Uma noite pra sentir saudade
Perder a vista no horizonte
Uma noite para me arrepender
E fazer as malas
Uma noite pra voltar
E bater à porta da tua casa.

Joukin


Não posso mais escrever
Trago no corpo a vontade da vida
Tão intensa
Que me paralisou o espírito

Percebi a grandiosidade em mim
Num vinte de fevereiro
E era noite e era a cama
E o coração saltando pela garganta

Vinte de fevereiro
E eu virei homem
Quase sem aviso

Vinte de fevereiro
E eu abri as janelas
Nenhuma nuvem no céu
Era o infinito que se compadecia
Com meu medo e minha felicidade

Vinte de fevereiro
Descobri que não poderia mais escrever
Porque as palavras são vícios solitários
e agora sou tanto que sou dois
ou duas


Vinte de fevereiro
Paguei minha dívida com a humanidade
E tenho a alma tranqüila

(...)

Este é o testamento das minhas poesias:
Para vocês, versos da minha vida
Deixo a eternidade.

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"(...) Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado inverno em Paris. Talvez ele volte." [Caio Fernando Abreu ]


Não importa a tristeza que me toma a carne. Ainda me sinto feliz dentro dos adornos do quarto vazio. A melancolia vem a esmo, como quem não quer chegar. Felicidade é transeunte em meu peito aberto de sofrer. Ela arde e transpira em meus poros, apesar do pouco amor que estampa essas paredes brancas, já escuras do meu lamento.

Felicidade é sentir, mesmo com o coração cristalizado, espalhando os farelos pulsantes. E de que vale o coração? O peso do amor que balança desacordado, mas que habita. Não se inspira tristeza sem amor. Há de existir sempre; mesmo que entre os opostos, ele continuará manchando as paredes.

Não venha à tona dizer que não sente mais. Se o fizer, te trarei ao quarto vazio, que de pouco amor, estimula o coração.


Continuo almejando palavras que caibam ao ouvido e ao coração. Frases interminadas que você me disse, ou qualquer loucura inventada que ilustre meus sonhos.


Sou de pouco em pouco
para mostrar a grandeza que tenho
de densos mirantes, vê-se a certeza de talvez nada ser
E ainda ser grande.

Não me oponho a afagos
não repudio o contato A carne
mas é que dói tocar no que não é.
Aspiro vontade de tudo ser.


As vezes eu chego a achar graça dessa vida e as vezes tenho raiva dela! É, todos nós temos uma escolha, e o que devemos seguir, a nossa mente ou o nosso coração? é tão fácil pra quem vê e não senti o quanto é ruim deixar de seguir o coração e fazer o que tem que ser feito, é tão fácil apontar o dedo e dizer: Não faça isso seu besta! É, eu já falei isso pra alguém um dia, e me arrependo disso hoje. Mas eu sou um ser humano, querendo ou não, falo o que muita gente fala e faço o que muita gente faz! A unica coisa que me conforta é saber que acima de tudo existe um Deus que sabe bem o que faz, e é como aquela velha frase diz: Seja o que Deus quiser.


Eu só preciso de uma frase, só preciso de um impulso. Realmente preciso, pois não posso ficar parado querendo me mover. Eu sinto em cada palavra que sai sua boca o sabor da indiferença, o saber da ausência no dia seguinte, eu sinto em cada ocasião e mesmo assim, sabendo e ignorando os avisos, eu cedo. Eu cedo pois meu coração teima em sobressair e calar a razão que tenta me guiar para longe da humilhação de ser um estepe, um reserva. Coração que silencia todo e qualquer pensamento que pede um espaço em minha mente, que exala sua existência em cada instante. Então, te peço, não brinque comigo, as marcas deixadas pela sua diversão ferem e doem a longo prazo. Me deixe seguir em frente ou me segure como se eu fosse a última pessoa da face da terra... Eu tenho mais valor do que seus olhos podem ver agora e quem sabe, decisão errada ou não, o valor aumentará quando juntado ao arrependimento. Mas não brinque comigo, eu posso ser muito mais. Me diga que me quer, ou me perca pra sempre.


"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece."

[Charles Bukowski]



Em um dia de verão, estava na praia, observando duas crianças brincando na areia. Elas trabalhavam muito construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam quase acabando, veio uma onde e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma...
Achei que, depois de tanto tempo de esforço e cuidado, as crianças cairiam no choro, correram pela praia fugindo da água, rindo de mãos dadas e construindo outro castelo.
Compreendi que havia aprendido uma grande lição: Gastamos muito tempo da nossa vida construindo alguma coisa e mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir tudo o que levamos tanto tempo para construir. Mas quando isso acontecer somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de sorrir! Só que o que permanece a amizade, o amor e carinho.



Você pode simplesmente sorrir e fingir com as pessoas. Ou pode as observar e aproveitar os breves momentos de alegria verdadeira. Abra seus olhos para as cores bonitas de verdade. Open your eyes!
Era a alegria mais monótona que eu já havia visto. Antes da felicidade, declarava-se a obrigação e o sentimento de dever cumprido, como quem diz: Pronto, está feito. Agora me deixem em paz! Era um olhar vazio, distante dali, mascarado por breves sorrisos de alegria verdadeira. Era a mesma pose para todas as fotografias e pedidos de atenção. Era aquele sorriso tímido e incomodo que me mostrava nitidamente, o medo de alguém descobrir a insegurança de seu coração. Era uma auto-indagação para saber quem realmente estava ali: Esse sou eu no retrato, mas onde eu estava quando o tiraram? Era a minha vontade louca de o abraçar de repente e dizer: Mostra o sorriso da sua alma menino tímido, não esconda suas cores. Você já é grande, mas ainda é uma criança para mim. Te ver crescer me faz ver que também estou crescendo. Vá com calma, eu posso me assustar.
Se é uma cena de solidão, todos vão te ver sorrindo. Ninguém se importa...


Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.


"Desculpa, mas não entendo. Eu quero tudo e mais ainda. Amor tem que encher o coração, a casa, a alma. Pouco ou metades nunca me completaram."


“Chega a ser patético a forma com que o ser humano erra propositalmente, e mais patético ainda fingir que nada aconteceu depois ou simplesmente achar que um vago pedido de desculpas sem meras explicações pode apagar a insatisfação que outrora ele mesmo causou. E se é perdoado uma vez, acha que repetidas vezes será. Ora, a tolerância tem limite!”


“Há situações que o máximo que se pode fazer é rezar. E esperar…”

(Caio Fernando Abreu)


“Tem coisa que eu deixo passar. Não vale a pena. Tem gente que não vale a dor de cabeça. Tem coisa que não vale uma gastrite nervosa. Entende isso? Não vale. Não vale dor alguma, sacrifício algum”


“… Posso ser o que você quiser. Diga o que quer, e eu serei pra você.”
(Diário de uma paixão)





Já é quase meia noite. Acho que vou tomar um banho quente e ficar embaixo do chuveiro chorando as minhas dores. Vou sentar no chão frio, abaixar a cabeça e deixar a água correr. Vou pedir a Deus que faça com que a água leve todo o mal embora; que ela me faça uma limpeza d’alma. Pedir para aquela água limpar todos os problemas e preocupações da minha vida. Pedir para ela levar embora as minhas responsabilidades também. Pedir pra que ela faça tudo melhorar; pedir que ela tire esse enorme peso que trago sobre os ombros, e essa enorme insatisfação comigo mesma. Pedir pra Deus que aquelas águas me tragam um pouco mais de força pra continuar sobrevivendo na minha realidade triste. Depois disso, eu talvez tome um copo de água gelada e vá me deitar. Me deitar e pensar sobre o que fiz de bom hoje. Sobre o que fiz de ruim hoje. Me deitar e me arrepender de algumas coisas, como é natural acontecer todos os dias. Me deitar e lembrar de como é a vida dos outros (aqueles outros que eu fico observando na escola), e tentar descobrir se realmente a deles é melhor que a minha. Me deitar e pensar em coisas boas; em coisas que talvez nunca aconteçam. Me deitar e imaginar a minha vida longe daqui; longe dos que conheço e longe dos que amo. Isso, por um lado seria bom: eu poderia ir para bem longe, um lugar improvavel, e mandar um cartão-postal pra minha Melhor amiga dizendo: “Saudades, ando pensando em voce”. Ir pra bem longe, e não ter que ir aos lugares que aqui, me fazem sofrer. Não ter que ver as pessoas que me fazem mal, sempre com as mesmas caras e mesmas vozes, gabando-se de suas qualidades, e e sempre deixando de lado seus defeitos. Talvez eu adormeça com esse pensamentos, ou com o ultimo beijo que dei. Talvez eu tente prever o meu futuro, e tente ensaiar alguns diálogos, que no fim, talvez nem aconteçam. Talvez eu durma pensando em alguma coisa menos importante, como por exemplo, a ultima vez que dei banho na minha cachorrinha ou na ultima vez que comi brigadeiro de colher com a minha irmã. é…. Talvez eu faça isso só hoje, ou resolva repetir esse roteiro todos os dias. Afinal, todos os dias eu vou ter alguma dor pra chorar debaixo do chuveiro, ou algum sonho bobo pra querer realizar; todos os dias vou ter lembranças e planos para o meu futuro… Todos os dias.. Até que eles se acabem.


( Melissa Lambrecht )





"Até parece que eu vou ficar sofrendo,ou que vou ficar procurando motivos para o que está acontecendo. Aprendi há muito tempo,e creio que aprendi bem,aprendi " a aceitar". Aceito perdas. Aceito erros. Aceito desculpas. Aceito acertos. Aceito carinhos. Aceito felicidade. Aceito a vida,a vida eu aceito. Aceito a vida como ela é. E que ela seja assim."